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Cuidado com as infecções que podem ocorrer no pós-operatório

Cuidado com as infecções que podem ocorrer no pós-operatório

Oie, Diva! Espero que você esteja bem! 😍

Neste post vamos falar sobre as infecções que podem ocorrer no pós-operatório. A infecção cirúrgica é uma possibilidade sempre presente em qualquer intervenção. Sua ocorrência depende de múltiplos fatores.

A exata conceituação e a avaliação rigorosa de sua incidência são fundamentais para que possam ser identificados eventuais desvios das normas ou a eficácia de medidas adotadas para preveni-las. 

Cuidados no pré-operatório 

Os cuidados devem ser tomados antes mesmo de você realizar seu procedimento, então para evitar a infecção já deve ser tomada antes mesmo da realização do seu sonho. 

Vamos deixar abaixo alguns cuidados que deve ser tomados:

  • Preparo do paciente e hospitalização pré-operatória curta;
  • Lavagem das mãos e antebraços da equipe cirúrgica;
  • Controle de pessoal contaminado ou infectado no ambiente hospitalar;
  • Esterilização do material cirúrgico;
  • Profilaxia antimicrobiana;
  • Cuidados de antissepsia e técnica adequada na instalação de cateter venoso central.

Infecção no intra-operatório

Observar todo ambiente onde irá fazer a cirurgia plástica é muito importante, realizar em clínicas NÃO é recomendado. Por questões de segurança, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) recomenda que procedimentos cirúrgicos estéticos e reparadores sejam realizados, somente, dentro do ambiente hospitalar.

O que pode causar infecção dentro do ambiente onde é realizado a cirurgia plástica; 

  • Ventilação adequada na sala de cirurgia;
  • Limpeza e desinfecção das superfícies na sala cirúrgica;
  • Roupas e vestimentas cirúrgicas apropriadas;
  • Assepsia e técnica cirúrgica apropriada;
  • Cuidados de antissepsia na intubação orotraqueal e na passagem de sonda vesical;
  • Duração do ato operatório;

A COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (CCIH) – Órgão encarregado de informar, vigiar, pesquisar, prevenir e controlar as infecções hospitalares. O objetivo principal de um programa de controle de infecção é exercer uma ação educativa na comunidade hospitalar quanto à importância da prevenção e controle das infecções e, assim, reduzir o nível de infecção hospitalar endêmica e epidêmica.

Cuidados no pós-operatório

Os cuidados após a realização do seu sonho é primordial para um resultado de sucesso e claro evitar pegar uma infecção onde foi realizado o seu procedimento.

  • Proteção e curativos da ferida cirúrgica; 
  • Vigilância epidemiológica;
  • Higienização;
  • Proteger o local da ferida;
  • Higienização em sua cinta pós-cirúrgica;

Você também pode se interessar pelo POST :  Como cuidar corretamente dos pontos cirúrgicos?

Classificação das cirurgias quanto às infecções

  • Cirurgias limpas

Sem lesão do trato gastrointestinal, urinário ou respiratório. Feridas não traumáticas, sem processo inflamatório. Cumprimento dos princípios de anti sepsia.

  • Cirurgias potencialmente contaminadas

Com perfuração do trato gastrointestinal, urinário e respiratório, mas sem contaminação significativa.

  • Cirurgias contaminadas

Com contaminação por secreções do trato gastrointestinal, urinário ou respiratório. Feridas traumáticas com menos de 6 horas. Presença de processo inflamatório sem pus. Anti-sepsia mantida.

  • Cirurgias infectadas

Presença de pus, vísceras perfuradas e feridas traumáticas com mais de 6 horas de evolução. Os antibióticos representam uma excelente opção profilática e terapêutica contra microorganismos infectantes. No entanto, há riscos de resistência bacteriana e superinfecções; no sentido de prevenir essa possibilidade, existem diretrizes para o uso correto de antibióticos na profilaxia e tratamento das infecções. O antibiótico escolhido deve-se relacionar com a flora bacteriana a ser encontrada no sítio cirúrgico e que não se contraponha ao perfil de sensibilidade bacteriológica identificado no hospital.

Peguei uma infecção e agora ? 

O tratamento bem sucedido de uma infecção pós operatória depende de uma intervenção agressiva e de um diagnóstico precoce. Um alto índice de suspeita é imprescindível e sintomas como aumento da dor não devem ser menosprezados. 

Consequências catastróficas podem ocorrer em caso de retardo de diagnóstico ou da intervenção terapêutica. Antibióticos endovenosos de largo espectro devem ser instituídos tão logo seja feito o diagnóstico e devem ser mantidos por um período mínimo de 2 semanas, podendo então ser substituídos por antibióticos de administração oral conforme cada caso.

O tratamento cirúrgico da ferida é fundamental para boa evolução do quadro. A ferida deve ser aberta em etapas, de fora para dentro e todo tecido necrótico e desvitalizado deve ser removido. As bordas da ferida devem ser ressecadas e a limpeza mecânica é de suma importância. Aspirado da secreção e fragmentos representativos das partes moles devem ser enviados para cultura. 

A abertura da fáscia deve ocorrer apenas quando a região superior a ela estiver completamente limpa. Isso pode prevenir a contaminação das lojas profundas em caso de infecções restritas aos compartimentos superficiais. Apesar de alguns autores não recomendarem a abertura da fáscia nos casos em que ela estiver cicatrizada e sem aspectos infecciosos profundamente a ela, achamos que sua abertura e exploração são de vital importância. Podemos ter infecções subclínicas e a inspeção das lojas profundas é a melhor forma de excluir uma infecção nesse local e consequentemente de tratá-la.

O desbridamento radical da loja profunda e a irrigação abundante com soro fisiológico removem grande quantidade de bactéria e de tecido necrótico. Com isso o organismo tem melhores condições de lutar contra uma infecção. 

Materiais como fragmentos de osso soltos, partes moles desvitalizadas, gelfoam, enxertos sintéticos e outros materiais que não são essenciais devem ser removidos. Fragmentos de enxerto de osso que estão soltos ou envoltos em pus também devem ser removidos, enquanto os fragmentos que estiverem fixos e limpos devem ser mantidos. Não há necessidade de remoção de todo o enxerto.

Ao final da limpeza cirúrgica deve-se realizar o fechamento primário da ferida e utilização de drenos. Deixar a ferida aberta pode causar super infecção, perda protéica e retração da ferida com posterior dificuldade técnica para o seu fechamento.


Em casos selecionados pode-se utilizar curativo a vácuo e fechamento da ferida em um segundo tempo.

Os pacientes devem ser avaliados diariamente com muito cuidado e em caso de persistência de sinais infecciosos após a primeira limpeza cirúrgica, uma nova limpeza cirúrgica deverá ser realizada. O mesmo procedimento de remoção do tecido necrótico e irrigação local é repetido e a cada procedimento cirúrgico novas culturas devem ser obtidas.

O resultados das culturas permite direcionar a antibioticoterapia para um determinado patógeno e os antibióticos de largo espectro são trocados por antibióticos específicos e apropriados. A cada nova cultura e antibiograma o esquema de antibioticoterapia é analisado. Em caso de novas bactérias ou mudança no perfil de resistência a antibioticoterapia deve ser ajustada.

A utilização de implantes metálicos proporciona um local de menor resistência às infecções. No entanto, sua função de proporcionar estabilidade é fundamental. Dessa forma os implantes não devem ser removidos a não ser que estejam soltos. 

No caso de soltura do material, este perde a função além de dificultar o combate a infecção e deve ser removido. A presença dos implantes adequadamente fixos ao osso não impede a resolução do quadro infeccioso.

A ferida deve ser fechada primariamente, no entanto, em alguns casos, isso pode não ser possível. Nesses casos, a utilização de retalhos para cobertura tem mostrado bons resultados. 

Os retalhos permitem a cobertura da ferida e dos implantes, se houver, melhoram a oxigenação e fornecem antibióticos através de uma circulação adequada.

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Beijos da Luuh e até o próximo post. 😍😘

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